31 dezembro, 2006

I don't want to go back to the old house

Eu não quero voltar à velha casa... mas penso tanto nela...
Tenho saudades do teu quarto. Pouco tempo depois de termos deixado de nos ver, sonhei que nos beijávamos naquele quarto. Tinhas o cabelo comprido, estavas de tronco nú, molhado.
O melhor beijo da minha vida, foi aquele que eu nunca dei.
Às vezes lembro-me de certas expressões que fazias. Guardo-as para mim como se a minha vida dependesse disso.
Quero guardar todas as tuas recordações para mim, para que sejas só meu, para que ninguém mais te conheça, para que sejas todo só meu... Como eras.
Eras - Pretérito imperfeito.
Foste - Pretérito também imperfeito.
Tenho saudades, como quem tem frio, ou fome. Como quem espera e não alcança.
É tão estranho como tu és uma espécie de Pai Natal:
Sempre nos meus pensamentos, sempre a tentar melhorar para te agradar, sempre com a ideia estúpida de que sabes que eu "me porto bem". Quando sonho contigo, nunca te vejo a cara, às vezes só vejo o teu vulto a entrar ou a sair.
Será que ainda existes? Há tanto tempo que não tenho presentes teus, nem sequer atenção. Há tanto tempo que és só fruto da minha imaginação e que só recebo um pedaço de carvão.
As minhas lágrimas secaram e eu já não me importo.
Talvez não sejas o Pai Natal, mas sim Jesus:
Nasceste na minha vida e eu regorzijei-me, todo o tempo que pregaste para mim, sabias que o fim estava próximo mas eu não quis saber apesar de me avisares e no fim morreste e foi como se toda a bondade e felicidade no mundo se fosse contigo.
Recuscita... Por favor...