02 abril, 2005

Acendo um cigarro na tentativa de obter uma resposta.
Outro.
Outro ainda.
E a resposta?
Porque me fazes isto?
Porque me ignoras?
Porque me magoas?
Outro.
Quantos foram já...?

Abro outro maço.
Uma caixa cheia de respostas.
Rodo a pedra do isqueiro.
O belo fumo esvai-se no ar.
Sopro a minha dor e as minhas entranhas.
E a resposta?
Onde está a resposta.

Acho que já encontrei uma.
Não está nos cigarros.
Mas ao menos fumo enquanto a espero.